Como membros de uma organização internacional formada exclusivamente por meninas, freqüentemente somos inclinadas a discutir e refletir sobre os assuntos ligados ao feminino. Portanto, é importante entendermos o que é o chamado “Resgate do Sagrado Feminino” contemporâneo.
O Sagrado Feminino nada mais é que a força interna de cada Mulher, dando-lhe autoconfiança e segurança, fazendo-a encarar o mundo ao seu redor de forma positiva e entusiasta. Falando assim, pode parecer bem simples, mas infelizmente não é. Basta darmos uma olhada rápida ao nosso redor e veremos o quanto existem mulheres deprimidas, fragilizadas, “podadas” em seus direitos e sentimentos.
No desenrolar natural da nossa sociedade, percebemos que as mulheres tornaram-se competitivas, rivais e muitas vezes “sugadas” por um mundo onde sensibilidade tornou-se sinônimo de fraqueza. A sexualidade feminina também está banalizada, os valores confusos e isso não afeta somente as mulheres, mas também aos homens, pois tudo é equilíbrio. Se um lado está fragilizado, o outro também acaba por sucumbir.
É por isso que vamos ouvir cada vez mais sobre “Sagrado Feminino”. De uma certa forma, Mãe Mick trabalhou em favor desse resgate. Ela criou uma organização para meninas, onde desde a mais tenra idade essas mulheres aprenderiam a conviver uma com as outras desenvolvendo um sentimento profundo de irmandade. Aprendemos que é possível tratarmos umas às outras como irmãs, desenvolvermos a nossa confiança e habilidades respeitando o espaço uma da outra.
É muito importante termos essa consciência nos norteando em nossos Betheis. Mais importante do que as cerimônias ritualísticas, filantropias e atividades que executamos, é o nosso desenvolvimento como pessoas melhores, mulheres mais fortes e plenas, que honram seu poder interior e sabem que da beleza e sensibilidade podem vir muita força, sim!
A busca do Sagrado Feminino de forma alguma prega um ataque ao Masculino ou aos homens. O Sagrado Masculino também necessita ser honrado e curado. Eles são a outra ponta da nossa balança. Mas, precisamos fazer a nossa parte. Trazendo para um plano mais prático, vocês já devem ter ouvido comparações de nossa Ordem com os DeMolays ou até mesmo a Maçonaria. Somos diferentes! E precisamos ser diferentes! Não precisamos ser iguais a ninguém. Precisamos ser apenas nós mesmas.
E como sermos nós mesmas? Como praticar essa busca do Sagrado Feminino em nossos Bethéis, em nossas vidas? Reúnam-se mais! Encontrem-se mais! Passem mais tempo juntas! Conversem mais umas com as outras fora de reuniões. Promovam encontros e façam coisas que as agradem. Dancem, pintem, façam piqueniques, conversem sobre a vida, seus sentimentos, se abram! Sejam amigas verdadeiras, ouçam umas as outras, se ajudem... Passem mais tempo com suas mães, avós, tias... Busquem conhecer as mulheres do Conselho fora do Conselho... Como elas são como mães, esposas, tias... AMIGAS. A ordem é apenas um meio e não um fim.
Busquem a chama desse Sagrado dentro de cada uma, com o melhor que cada uma possui a oferecer. Somos todas sagradas, às vezes só precisamos nos lembrar disso! Lembre a si mesma a ajude suas irmãs a se lembrarem!
Semiramis Dominghetti
Semiramis Dominghetti
Texto que diz tudo...parabéns.
ResponderExcluirTia Helena
Bethel 38_ C. Aparecida- Mg
Parabéns Semíramis Dominguetti!!! Uma vez mais nos presenteando com suas lindas e sábias reflexões!
ResponderExcluirTia Alda
B#10 - Mogi das Cruzes/SP.