VALENTINA MELLO




VALENTINA MELLO, 
BETHEL 06 ISIS SANT' ANA DO LIVRAMENTO, RS


1.Fale seu nome, idade, de onde você é, Bethel de origem, data de iniciação e um pouco mais sobre você.


Meu nome é Valentina Mello, tenho 17 anos, mas faço 18 no dia 21 de Março. Sou de Rivera, que fica ao norte do Uruguai, na fronteira com Santana do Livramento-RS. Sou do Bethel #06 “Isis”, e iniciei no dia 10 de Novembro de 2012. Minha iniciação foi uma loucura! Estava chovendo muito, os ares-condicionados não estavam funcionando, fazia muito calor e o teto do templo estava um pouco rachado, então caia um pouco de agua dentro do templo. Quando a secretaria estava falando, a energia acabou!

Terminei o que chamamos de secundaria aqui em Uruguai, que é o mesmo que o Ensino Médio no Brasil e me mudei para a capital do Uruguai, Montevidéu, para estudar. Quero entrar na faculdade de Psicomotricidade, algo parecido com a Terapia Ocupacional ai no Brasil.

Procuro sempre ajudar os outros, e por isso escolhi essa profissão, e vocês não imaginam como coloco em prática tudo que aprendi até agora no nosso tão amado Bethel, que realmente é uma escola para a vida. 



2. Como é a maçonaria no Uruguai? Você gostaria de levar as OIFDJ para o seu país?

A maçonaria no Uruguai é, de certo modo, muito antiga. São muito conservadores e extremamente discretos, é muito raro ver simbolos maçaconico, como o esquadro e o compasso, em evidencia. Existem muitas lojas, mas todos os tios são muito discretos. Faz, aproximadamente, 10 anos que as mulheres começaram a interagir com a maçonaria, temos lojas mistas (para homens e mulheres), e lojas exclusivamente femininas. Em Rivera tem um loja mista e, se não me engano, tem uma femenina também. Na realidade eu não sei como funcionam, mas no futuro, quem sabe, eu poderia pensar na possibilidade de fazer parte. Claro que isso não depende de mim. Aqui deixo a voces a página para quem se interessar pelo assunto http://granlogiafemuy.org/web/

A ordem Demolay também é muito recente no Uruguai, são apenas três capítulos, sendo o primeiro em Rivera há mais ou menos quatro anos. O segundo é em Montevidéu e o último em Paysandú.

Eu gostaria muito de trazer as Filhas de Jó para cá, tanto que pouco após iniciar em me comportei de maneira errado. Foi quanto o tio Greg, dos EUA, veio visitar os Demolays do capitulo 001. Foi feita uma grande cerimônia com todas as autoridades maçonicas do Uruguai, e meu avô foi venerável mestre e era muito amigo do venerável mestre da Grande Loja maçonica de Montevidéu (Não tenho certeza se é assim que se chama, mas é o tio da principal loja da capital do Uruguai, o tio mais importante). Meu amor pelo Bethel é algo tão grnade que me fez quebrar os protocolos e ir falar com ele ao final da cerimônia dos primos. Eu lhe disse que era membros da OIFDJ y queera injusto a maçonaria dar apoio aos valores como os da ordem demolay e não os davam as jovens, mesmo sabendo que atualmente é muito importante guiar bem a todos os jovens para ter um Uruguai melhor.

O tio foi muito educado e me explicou que não depende apenas dele, que tem que ser em conjunto com o Rotry, mas que se alegrava de eu ter tido a coragem de falar com ele e falou que a maçonaria no Uruguai evolui muito devagar. Eu espero que andem logo, pois quero ver a minha perfeita ordem ajudando a milhares de garotas com menos de 15 anos.

Obs. O conselho ficou sabendo que falei com o tio, e me chamaram a atenção, hahaha.



3. Existem outras ordens paramaçonicas no seu país? Se sim, quais?


Sim, como eu disse anteriormente tem a ordem Demolay. E eu não sei se os Templários são uma ordem paramaçonica, mas escutei que também tem aqui no Uruguai.



4. Existem muitas diferenças entre o Brasil e o Uruguai? Quais?


Na maçonaria, sim. No demais, não sei muito bem. As pessoas no Uruguai são mais tranquilos, gostamos de ser hospitaleiros e convidar a todos para tomar um bom mate (O mate é como o chimarrão no RS, não sei se todo mundo vai saber, então decidi deixar como mate mesmo, mas qualquer coisa é só substituir por chimarrão. É a mesma coisa).

O Uruguai é um grande produtor de carne, temos uma grande indústria pecuária , creio que somos conhecidos por isso. A última coisa que foi implantada pelo governo, foi a legalização da maconha, d qual discordo completamente. Não me parece ser algo que nos ajude em alguma coisa.

Outra diferença é a educação. Quando terminamos a secundária (Ensino Médio) e entramos na universidade, não temos que fazer nenhuma prova como o ENEM ou o vestibular. Só entramos. No primeiro ano temos que fazer provas de todas as matérias como se fosse um “filtro”. Se não passa na prova, você faz a matéria de novo. Na faculdade que quero fazer, temos que prestar uma prova de biologia, mas isso é uma exceção. Não é comum ter que fazer provas pra ingressar.


5. Como você conheceu a Ordem?

Bom, não acredito que tenha sido de um dia para o outro que descobri a ordem completamente. Foi um processo, sempre me interessei pela maçonaria e por tudo sobre ela. Sempre gostei muito de conversar com meu avô, principalmente, e com meu pai sobre o que faziam, como era, tudo. Não me contavam muitas coisas, pois diziam que eu era muito pequena para entender. Me contavam que existiam ordens para jovens, mas que elas não estavam no Uruguai. Meu avô foi um dos tios que ajudou a trazer os Demolays para cá, pois sempre se importou muito com os jovens. Comecei a ver no facebook, várias vezes, “Trabalha em Job’sDaughters”. Dai comecei a procurar mais sobre o assunto, até que um dia, do nada, me visitaram. Eu não parei de pular, rir e chorar de tanta emoção. Minhas pernas tremiam! Isso tudo aconteceu quando elas me visitaram, imaginem como estava no dia da minha iniciação, haha.


Filhas de Jó do Uruguai


6. No seu Bethel tem muitas filhas de Jó do Uruguai? Como vocês lidam com a questão da língua?

Sim, somos várias uruguaias. A última gestão foi a gestão com mais uruguaias na linha: a Honorável Rainha, Primeira Princesa, Guia e Dirigente, eram uruguaias e a Segunda Princesa era o que chamamos de “chapa dupla”, que significa que era brasileira e uruguaia.

Na fronteira não é um problema, as uruguaias falam espanhol, as brasileiras português e muitas vezes, várias falam os dois idiomas. Tem um ou outro tio que não entende o espanhol, mas todas falamos, escrevemos e entendemos os dois idiomas muito bem.

As cerimônias se realizam geralmente na loja Saldanhas Marinho, e por respeito a loja que nos deixa trabalhar ali, fazemos todas as cerimônias em português, tudo é em português, menos a passagem da palavra. Também catamos o hino nacional do Uruguai, e durante a marcha da moeda, sendo dinheiro, está valendo!


7. Seu Bethel já fez alguma reunião, ou participou de algum evento da maçonaria no seu país? Se sim, conte um pouco.

Não ):


Tradução:
Claudia Costam, Past Princesa do Bethel #02 Rosas de Saron de Assis/SP,  Bibliotecária do Bethel #14 Agnes de São Paulo/SP e Quarta mensageira do BJSP.

Um comentário:

  1. Adoreiii conhecer um pouco mais sobre nosso pais vizinho, da sua cultura espero que um dia tenhamos a ordem por lá também. :)

    Lili

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Com amor de Jó,