OS SEIOS FEMININOS NA HISTORIA: CURIOSIDADES


Vênus de Willendorf
Estamos no século 21 e os seios femininos continuam sendo alvo de debates polêmicos. Questões como usá-los desnudos em protestos, desfiles, na praia ou até mesmo quando uma mãe amamenta seu bebê em público, dividem opiniões. Campanhas alertam sobre a importância da amamentação e do auto-exame para prevenção do câncer de mama. Enfim, os seios femininos dão muito o que falar!
E o que a História tem a dizer sobre eles? Vamos conferir?
Na Antiguidade, seios grandes e ancas largas indicavam capacidade de gerar bons filhos. Uma imagem bem comum é a Vênus de Willendorf. Essas estatuetas talhadas em osso, marfim, pedra e barro chamavam a atenção, não só pelos seus seios proeminentes, mas também pelo tamanho excessivo das suas barrigas e nádegas. Para os habitantes de um mundo em que as fontes de alimento eram, no mínimo, precárias, a obesidade era uma bênção. Ela constituía a melhor hipótese de sobrevivência e a promessa de poder amamentar o seu rebento, mesmo durante períodos de fome. 
Pintura retratando uma mulher cretana com espartilho

O primeiro espartilho registrado foi em Creta. As mulheres cretenses exibiam orgulhosas seus seios nus e firmes, graças a ajuda desses espartilhos que, com seu apoio, acentuava seus corpos. 

A deusa Artemisa (Ártemis) de Éfeso era ornamentada com tâmaras grandes- símbolos de fertilidade – que vieram posteriormente a ser tomadas por seios múltiplos. 
Artemisia de Éfeso
A deusa egípcia Ísis era por vezes retratada amamentando seu filho Hórus. Nestas figuras, a grande deusa aproximava-se das preocupações das pessoas reais. Uma mãe egípcia podia invocar a proteção de Ísis para o seu filho recitando uma de várias fórmulas mágicas como: “Os meus braços protegem esta criança – os braços de Ísis protegem-na, tal como ela protege o seu filho Hórus.”
Com a chegada da Idade do Bronze os seios sofreram transformações significativas. 
Atena
A deusa grega Atena, deusa da sabedoria e da guerra estratégica, encontrava-se sempre totalmente coberta de roupagens pesadas. O seu peito estava escondido por baixo de uma couraça ornamentada com serpentes; a cabeça estava coberta por um capacete, e trazia uma espada. Eram esses os atributos “viris” da razão, da guerra e dos ofícios.
Já Afrodite, deusa do amor e beleza, era geralmente representada despida, de seios claramente evidenciados ou expostos. Os seios eram moldados de acordo com o ideal erótico de peitos firmes, referidos nos textos clássicos como “semelhantes a maçãs”.
Ainda na Grécia, uma famosa cortesã, Phryne (Friné), viveu no século IV a.c.. Acusada de blasfêmia por um de seus amantes, foi defendida pelo orador Hipérides. Quando Hipérides percebeu que o veredicto seria desfavorável, rasgou o manto da bela Phryne exibindo seus seios, conseguindo com isso a mudança no julgamento dos juízes que a absolveram. Outra versão diz que ela mesma tirou suas roupas. A mudança no julgamento dos juízes não foi simplesmente porque eles ficaram fascinados pela beleza de seu corpo nu, mas sim porque, naquela época, a beleza física era muitas vezes vista como um aspecto da divindade ou um sinal de favor divino. 
Julgamento de Phryne
Também temos as Amazonas, que se diziam descendentes de Ares, o deus da guerra. Cultuavam Ártemis, a deusa da caça, viviam numa sociedade apenas de mulheres, governada por uma rainha. Muitas mutilavam o seio direito para melhor manusearem os arcos e outras armas. (Outra explicação para a imagem de Artemisa de Éfeso seria a que seu manto cheio de seios simbolizam os seios mutilados das amazonas). Uma vez por ano, as Amazonas dormiam com homens de outros povos de forma a preservarem a raça. Todas as crianças do sexo masculino fecundadas neste encontro anual eram expulsas ou mutiladas e transformadas em escravos; todas as crianças do sexo feminino eram criadas e educadas para serem guerreiras. 
Estátua de uma Amazona

Saindo do universo grego, uma história bem conhecida nossa é a de Adão e Eva. Ambos estavam nus no Jardim do Paraíso, mas só depois de quebrarem a lei de Deus que o proibia de comer o fruto da árvore do conhecimento é que “foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; pelo que coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais”. Não há nenhuma menção específica de uma peça a cobrir os seios de Eva. 

Você imaginava que haveriam Santas cujas histórias envolvem seus seios? Sim, existem!
Santa Macrine – Século IV : Esta Santa descobriu que tinha um tumor no seio. Recusando, por modéstia virginal, deixar um médico tocar-lhe no seio ou operá-lo, pediu apenas que a mãe fizesse o sinal da cruz sobre o órgão, que se encontrava quase em fase de gangrena. Os monges Beneditinos que registraram esta história viram com bons olhos a sua recusa de ser tocada por uma mão masculina que não a do Senhor; e contam que Ele curou o seio, deixando ficar apenas uma pequena cicatriz.
Conheçam agora a impressionante história de Santa Ágata!
Segundo os atos de seu martírio, ela era filha de uma proeminente e nobre família siciliana e era muito bonita. Um senador romano de nome Quintianus nomeado prefeito da região, pediu Agata em casamento. Quando ela recusou e ele descobriu que ela era cristã, ele retaliou, colocando-a em um bordel onde ela milagrosamente escapou incólume.
Quando isto não funcionou, Quintianus acusou-a de pertencer a seitas fora da lei e ela foi condenada e esticada na roda, açoitada, marcada com ferros em brasa e finalmente seus seios foram cortados!!!
Nenhum remédio ou ataduras foram permitidas que se colocassem nas suas feridas e ela foi jogada num calabouço escuro e sem comida. Conta a tradição que ela teve uma visão de São Pedro acompanhado de um jovem carregando uma tocha. O jovem aplicou óleos medicinais em seus ferimentos, ficando curada. Quatro dias mais tarde, furioso pela cura milagrosa de Santa Ágata, Quintianus mandou que a rolassem nua, sobre uma cama de carvão em brasa misturado com pedaços de vasos. Ágata orava com grande paixão e fervor a Deus dizendo : "Meu Senhor e Jesus Cristo, Vós sois meu coração e a minha mente. Leve-me e faça-me seu." 
Santa Ágata sendo ferida
  Santa Ágata acreditava que a morte seria um feliz final para a sua torturas. Os carrascos tinham o cuidado para não deixá-la morrer e carregaram o seu corpo alquebrado de volta a cela, enquanto ela orava pela liberdade. Naquele exato momento um terremoto sacudiu a prisão e ela então veio a falecer.
No seu funeral, inexplicavelmente apareceu um jovem com uma tocha para honrá-la. Pouco tempo depois, Quintianus foi jogado no rio pelo seu cavalo e afogou-se. No primeiro aniversário da morte de Ágata o vulcão do Monte Edna iniciou uma erupção. Os devotos de Santa Ágata tomaram o seu véu e colocando-o na ponta de uma lança subiram a montanha e o fluxo de lava milagrosamente parou. Santa Ágata também curou a mãe de Santa Luzia em um visão. Ela é a padroeira da Catania e é invocada contra terremotos e erupções.
 Espero que assim como eu, vocês tenham gostado de conhecer essas curiosidades sobre os seios femininos. Este texto foi adaptado de um trabalho escolar, apresentado pela minha amiga, professora de Artes e Guardiã de Círculos de Mulheres Érika Alves Lima, com base no livro “A História dos Seios”.
Semíramis Dominghetti

3 comentários:

  1. Lindo texto Semmy.
    E um abraço, fraterno e rondoniano, para sua amiga.
    Com Amor de Jó, Marley Utumi

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  2. Seios são lindos e devem ser tratados com amor, muito carinho, discrição e cumpricidade. Sou homem, mineiro, de Belo Horizonte, claro, 54 anos, formação universitária e sou SOLTEIRO, residente no bairro Savassi. Mas mamo e sugo com desejo, carinho e devoção, SEM SEXO, COM OU SEM LEITE. Está aberta para a experiência? Entre em Contato no meu whatsapp: 31-992221927 ou e-mail: oliveiraalmeida66@yahoo.com. Espero o seu contato !!!

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Com amor de Jó,