Meu nome é Cláudia Costa, eu sou Past Honorável Rainha do Bethel #14 de São Paulo/SP, Past Princesa do Bethel #02 de Assis/SP, Membro de Maioridade e Membro do Bethel Jurisdicional do Estado de São Paulo. Eu decidi que iria fazer tudo ao meu alcance para ir na Suprema Sessão logo após o fim da SS de 2014 e desde então comecei a falar com meus pais sobre a possibilidade de ir.
Como eu tenho uma irmã mais nova que também é filha de jó, era um pouco mais complicado de convencer meus pais por conta da situação financeira (que a atual crise economia não facilitou nada). Acompanhei a página do Supremo Time 2014/2015 e o site do Supremo Conselho Guardião o tempo inteiro, pra não perder nenhum informação divulgada. Não tive dificuldade em encontrar o que precisava e nas dúvidas que tive, a Jhennifer Selock sempre foi muito rápido e dócil em responder. Também tive ajuda de outras irmãs que já haviam participado em outros anos, então foi super tranquilo me organizar.
Fizemos tudo com antecedência, inscrição, compra de passagens e reserva no hotel. O que ficou por último foi o visto americano, pois eu estava com o passaporte para vencer e tive que renová-lo. Achei o processo de visto muito tranquilo, bem melhor do que eu estava esperando (O único problema eram as filas longas tanto no CASV, quanto no Consulado).
A experiência inteira foi incrível, desde o momento que desembarcamos em Chicago até o momento que nosso avião decolou de volto para o Brasil. Foram muitas risadas, sorrisos e lágrimas compartilhados, muitos abraços trocados e muito amor dividido. Eu cheguei no hotel no dia 31 de Julho, então ainda não tinha quase ninguém lá (quem chegou no dia 31 foram apenas membros do SCG, e ainda assim, chegaram apenas no final da tarde/inicio da noite), então eu e minha irmã passeamos pelo shopping e pelo supermercado.
No dia seguinte as pessoas começaram a chegar ao hotel e eu e minha irmã, junto com algumas outras Filhas de Jó e adultos fomos ao jogo de Baseball entre o Milwaukee Brewers e o Chicago Cubs. Antes do jogo, as pessoas se reuniem em volta de seus carros para comer, conversar, beber e se divertir. Nós tivemos nossa primeira experiência com churrasco americano, foi super legal. Todos os tios são atenciosos e fazem de tudo para integrar todo mundo. Apesar da barreira da linguagem, achei tranquilo me comunicar com todo mundo. Sempre que não entendia alguma coisa, eu dizia 'sorry?', que é mais ou menos a maneira de se pedir pra pessoa repetir o que tinha falado.
Como sou Membro de Maioridade já, não pude participar de nenhuma das provas de ritual, concurso de talentos, Miss FDJ Internacional ou Sorteio do SB. Mas tive a oportunidade de ser jurada da prova de ritual da nossa irmã Raissa. Foi bem interessante ver o quão rigorosos eles são com a correção, chegou até a assustar um pouquinho quando vi. Mas nossa irmã foi bem na prova e a experiência de ser jurada foi incrível.
Também não pude participar do debate durante o Jobie Congress, apenas assistí-lo, mas foi impressionante ver a organização das meninas que se levantavam para dar suas opiniões e na hora de votarem. O voto das meninas não é válido para a aprovação ou não de uma emenda, mas como foi permitido que dois membros de cada Conselho Guardião de Bethel (que, normalmente, são adultos votantes) estivesse presente durante o Jobie Congress, acredito que o debate das meninas e o resultado das votação possa ter tido um grande peso na hora de votarem. Acho que o maior exemplo disso foi a aprovação da emenda 10, que durante o Jobie Congress foi aprovado pelas meninas com uma maioria gigantesca, mas em uma primeira votação dos adultos não foi aprovada pela falta de quatro votos (para uma emenda ser aprovada não basta ter maioria de votos -50%-, precisam ser 2/3 deles), mas a comoção das Filhas de Jó, tanto das que estavam presentes quanto das que não estavam, foi tanta que a emenda foi levada a uma nova votação (apesar que, o abaixo-assinado realizado, sozinho, não conseguiria fazer com que a emenda fosse votada novamente. Para isso acontecer, precisou que alguém que votou contra a emenda se manifestasse durante a reunião do SCG e pedisse uma nova votação) e dessa vez foi aprovada. Um outro exemplo que, acredito, a opinião das Filhas de Jó ativas foi importante na hora da votação, foi sobre Past Honoráveis Rainhas do Supremo Bethel terem prioridade para serem Oficiais Instaladoras do Supremo Bethel (que no Jobie Congress foi recusado pela maioria das meninas e a emenda também não foi aprovada pelo SCG). Acredito que o Jobie Congress é o momento ideal para os adultos, que tem o poder de decisão na ordem, prestarem atenção no que as filhas ativas, que são por quem a ordem foi criada em primeiro lugar, querem e desejam para o crescimento da organização que amam. E acho que seria super legal ver uma versão mini do Jobie Congress acontecendo em congressos estaduais, regionais e nacionais aqui do Brasil, pois é uma maneira de ver o que as meninas ativas pensam sobre o que está acontecendo na ordem, o que elas gostariam de ver mudando e uma ótima oportunidade para que o Brasil comece a enviar propostas de emendas para a SS.
Como fui de chaperone da minha irmã (que tem 14 anos), eu tinha que acompanha-la em todos os eventos, o que foi muito legal, pois acompanhei o ensaio do Supremo Bethel inteiro. Não senti o peso da responsabilidade de ser chaperone porque, por ter sido da minha irmã, já estava acostumada a tomar conta dela e acompanhá-la nos lugares.
O concurso do MFJI foi incrivel, desde o inicio todas as candidatas eram maravilhosas, gentis e cheias de energia. Foi emocionante acompanhar um concurso com tantas irmãs concorrendo, assim como foi maravilhoso ver duas irmãs concorrendo no sorteio para HRSB, e depois, vendo irmãs sendo sorteadas para oficiais e representantes do SB. Acredito que a barreira do idioma sempre vai ser o maior medo de qualquer candidata ao MFJI, mas não acho que ela seja um fator determinante na hora. Acredito que os jurados se preocupam muito mais com o conteúdo do que a menina responde do que se ela falou certo ou não. O importante é que a candidata consiga se fazer entender, se ela esqueceu de conjugar os verbos ou não quando respondeu, acaba sendo irrelevante se o que ela queria dizer foi compreendido.
No geral, a SS foi uma experiência maravilhosa, pois tive a oportunidade de conhecer novas irmãs e aprender muito com elas, ver que o carinho e o amor que sinto pela ordem é compartilhado por diversas outras meninas e que isso é o suficiente para interagir e conversas com as pessoas como se nos conhecêssemos desde o nascimento, e não há apenas algum dia. Acredito que esse tenha sido o maior presente que a SS me trouxe: as amizades que fiz lá e só isso já é um motivo para querer participar de novo e de novo e de novo da Suprema Sessão.
Acho que a única coisa que eu mudaria se pudesse fazer tudo de novo, é que teria me esforçado mais para tentar ir enquanto era filha de jó ativa, para poder ter ainda mais experiências. E para aquelas que estão na dúvida se devem ou não ir a uma Suprema Sessão: se você tiver a oportunidade de ir, não pense duas vezes. Nem todas as viagens á Disney, juntas, conseguem ser tão enriquecedoras e maravilhosas quanto uma semana de Suprema Sessão.
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Com amor de Jó,