O GRANDE CÍRCULO DAS FILHAS DE JO

O Círculo é um símbolo milenar de união, de igualdade e harmonia. Todos os pontos possuem a mesma distância do centro, o que nos faz lembrar que não há hierarquia e sim, uma partilha de visões. Afinal, todos do círculo podem se ver e se fazerem vistos.

Muito se fala do triângulo em nossa Ordem, mas o círculo é tão presente – e tão importante – quanto. Ele está na gola de nossas vestes, na forma circular de nossa entrada e em diversos outros momentos. E, afinal de contas, o que podemos tirar dele?

Engraçado que trabalhamos e estudamos muito o triângulo, mas nunca foi tão urgente compreendermos e aplicarmos o círculo. Por tudo que já foi dito antes, o círculo é um mundo familiar para nós mulheres e isso faz com que uma organização formada por mulheres - ainda que jovens mulheres – necessite uma dedicação ainda maior para o seu estudo e compreensão.

Como deve ser o relacionamento ideal de um Bethel? Não só nas reuniões, mas na VIDA, no cotidiano entre nós, irmãs? Basta lembrarmos-nos do círculo. Ele faz com que todas estejamos de mãos dadas, unidas em uma mesma corrente. O “centro” que nos une, esse ponto comum que todas nós olhamos da mesma forma, é a Ordem, ou atualmente “Filhas de Jó Internacional”, que nos une por um juramento sagrado. 

 

Em um círculo todas somos iguais e há espaço para todas abrirem seu coração. Quando abrimos nosso coração e permitimos que as irmãs abram seus corações, sem medo, sem julgamentos, sem represálias, permitimos que elas se curem, que nosso Bethel se cure e que o mundo se torne um lugar melhor a partir de nós.

Em um círculo, ouvir é fundamental. Ouvir com atenção, mas não só a atenção dos ouvidos, mas a atenção da Alma! Sim, a atenção da alma que nos faz ouvir e compreender a irmã mesmo que ela não diga nada. Que quando ela diz “está tudo bem”, você sabe que não está. Mas, não pergunta, não aperta, não reprime. Permite que ela se abra quando se sentir segura, permite que ela saiba que pode contar com você e que seus segredos serão guardados. Nada sai de um Bethel; tudo que acontece ou é dito fica dentro dele e se resolve dentro dele.

 

Permitir que cada uma de nós viva e apresente a sua verdade é a maior missão de um Bethel. É a sua razão de existir, é a sua essência. Sendo nós mesmas, com tudo de bom e ruim, sem máscaras, sem melindres, sem rancor, permite o verdadeiro auto conhecimento e só ele nos leva a uma evolução. E esse círculo é, de fato, inquebrantável. Mesmo com a Maioridade, mesmo que deixemos o Bethel por qualquer outra razão, o centro sempre estará lá, basta virarmos nossos olhos para a sua direção. 

 

Convido a todas vocês, a que chegaram agora ou as que já estão há algum tempo, a tomarem essa consciência circular de ser uma Filha de Jó. Essa consciência que nos faz sermos todas iguais, de compartilharmos a mesma história, de termos tanto em comum!


Em breve, falaremos mais de círculos e outras curiosidades!

 

Por Semiramis Dominghetti