JOHN DAVISON ROCKEFELLER: O MAIOR FILANTROPO DA HISTÓRIA



Este senhor de cartola na esquerda da foto é John Davison Rockefeller (1839-1937), o maior filantropo da história em volume de doações, com mais de meio trilhão de dólares doados em vida.

Empresário e investidor, Rockefeller fez fortuna ao fundar a Standard Oil Company (1870), que praticamente monopolizou a indústria de petróleo nos EUA até o começo do século XX. No auge do sucesso, sua fortuna chegou a incríveis U$ 1,4 bilhão em 1937, ou US$ 664 bilhões em valores atualizados (ou R$ 1,2 trilhão), um recorde até hoje. Para se ter uma ideia, o valor é dez vezes maior que a riqueza do mexicano Carlos Slim, atual homem mais rico do mundo.

Rockefeller começou cedo a fazer filantropia doando 10% do seu primeiro salário de US$ 50 à caridade, volume que cresceu junto com seus rendimentos. Somadas apenas três das suas maiores doações – US$ 80 milhões para a Universidade de Chicago em 1900, US$ 250 milhões para a Comissão Sanitária em 1913 e US$ 550 milhões para a Fundação Memorial a Laura Spelman Rockefeller, em 1918 – chega-se à incrível marca de US$ 880 milhões doados, ou mais de US$ 400 bilhões em valores atuais.

Rockefeller financiou ainda inúmeras ações ligadas à causa de saúde pública e da educação até a sua morte, em 1937. Deixou como legado, entre outras coisas, a Fundação Rockefeller e boa parte do modelo de filantropia adotado hoje em dia.

Apesar de figura exemplar neste quesito, Rockefeller está longe de ser um caso específico. Tanto nos EUA quanto em boa parte dos países anglo-saxões a cultura de filantropia é altamente difundida. Para se ter uma ideia, segundo a World Giving Index (“Índice Mundial de Doações”, em tradução livre) realizada em 2010, 2011 e 2012, na Irlanda, 79% das pessoas disseram ter o hábito de doar recursos para instituições como ONG’s, universidades, hospitais, escolas etc. No Brasil, apenas 24% se declararam doadoras regulares.

Em número de recursos totais aplicados para doação, a Austrália aparece em primeiro lugar, segundo o índice da Charities Aid Foundation. Infelizmente, no mesmo ranking o Brasil aparece apenas na 83ª posição.

Inúmeros são os motivos para que o Brasil ocupe uma posição ligeiramente “apagada” quando falamos de filantropia (um posto até surpreendente se lembramos da suposta “generosidade”dos brasileiros). Sem ter o objetivo de definir estes motivos, vale levantar alguns questionamentos que nos ajudam a pensar.

Uma das causas mais declaradas pelos brasileiros para não doar é a desconfiança quanto ao uso correto dos recursos, natural em um país assolado por históricos casos de corrupção. Outra questão que atrapalha o desenvolvimento da filantropia no Brasil é a má distribuição de renda, o que impossibilita que parte da população tenha recursos excedentes para doar. Todavia, este discurso é facilmente desconstruído, pois a doação pode ser feita de formas não monetárias como força/tempo de trabalho. Além disso, a classe social que mais cresce em volume de doações no país é a classe C, que tem menos recursos que as classes A e B. Por fim, a própria legislação e as políticas públicas brasileiras são burocráticas e pouco eficientes.

Concluindo, vale refletir e tentar de alguma forma contribuir para a formação de uma cultura de filantropia no Brasil. Para isso, segue este vídeo altamente inspirador, produzido e veiculado na Tailândia.


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Com amor de Jó,