Olá, queridas irmãs! Meu nome é Martina Zardo, sou Filha de Jó ativa do Bethel #04 de Blumenau, Santa Catarina, e quero dividir com vocês um pouco da minha história hoje.
Em 2010, quando cursava o primeiro ano do ensino médio, decidi que gostaria de fazer intercâmbio para os Estados Unidos. Com o consenso dos meus pais, procurei uma agência de intercâmbio de Curitiba que haviam me recomendado, e logo fiz minha inscrição. A agência em questão realizava encontros com os intercambistas uma vez por mês, para nos preparar para nosso ano letivo no exterior. Logo na minha primeira reunião, a agência organizou um encontro com os coordenadores do programa de intercâmbio dos Estados Unidos, que passavam um tempo no Brasil para conhecer melhor os estudantes.
Foi neste encontro que conheci Lori Schreckengast, a coordenadora do programa na Pensilvânia. Conversei com Lori durante o almoço, quando ela notou meu pingente, um símbolo maçônico, com o esquadro e compasso. Lori me perguntou porque usava o pingente e respondi que era filha de um maçom e também Filha de Jó. Me arrepio até hoje de lembrar sua resposta: ela disse que era Membro de Maioridade, que fora uma Filha de Jó muito ativa quando mais nova, e que o fato de eu estar relacionada com a Ordem poderia me ajudar a conseguir uma família nos Estados Unidos. Foi a coincidência mais feliz que já tive até hoje, porque isso de fato aconteceu.
Tive de prestar algumas formalidades essenciais para fazer o intercâmbio, como testes de conhecimento na língua inglesa, preencher longos applications com informações super detalhadas, e então, meses depois, já em 2011, recebi da agência de intercâmbio a ficha contendo as informações da minha família. Entrei em contato com os mesmos pela internet, descobrindo que meu pai hospedeiro era maçom, e todas a minhas 4 irmãs hospedeira eram Filhas de Jó, 3 delas já membros de maioridade, assim como minha mãe hospedeira, que chegou a ser Miss Filha de Jó Internacional em seus tempos de Bethel.
Eles me alertaram desde o começo que estaria muito envolvida na Ordem durante meu intercâmbio, e eu de fato estive. Logo nos primeiros dias, conheci meu Bethel em Gettysburg, Pensilvânia, um Bethel com mais de 80 anos de história, e tive a oportunidade de conhecer e fazer amizade com a Miss Jurisdicional da Pensilvania, a Miss Simpatia e a Honorável Rainha do Grand Bethel. Nos meses que se passaram, conciliava minha vida de intercambista entre frequentar uma escola tipicamente americana em Hanover (com armários nas paredes dos corredores, líderes de torcida e jogadores de futebol americano), ir às reuniões do Bethel toda segundas-feiras a noite em Gettysburg, e passar muitos dos meus finais de semana em Elizabethtown, no Patton Campus. Nos eventos desse campus reuniam-se as meninas de todos os Bethéis da Pensilvânia, e ficávamos nos alojamentos do campus, dividindo quartos e nos divertindo juntas, quase como fazemos nos congressos e seminários aqui no Brasil, só que com muito mais frequência.
Assim tive a oportunidade de conhecer quase todas as minhas irmãs do estado, que ficavam encantadas com os fato de eu ser uma FDJ brasileira e com minhas experiências como FDJ no Brasil. No brilho de seus olhos eu via seu interesse, e muitas delas me confessavam que queriam muito visitar o Brasil e conhecer a Ordem por aqui. Em outros finais de semana no Patton Campus, pude conhecer também primos da ordem DeMolay, e as meninas da Ordem do Arco-Íris para Meninas, com quem aprendi muito sobre as demais ordens paramaçônicas, e, é claro, também me diverti muito. Até cheguei a participar do concurso de Miss Jurisdicional da Pensilvânia, o evento mais prestigiado dentro da Ordem no estado, e – adivinhem só – fiquei em quinto lugar! Todas essas experiências e muitas outras foram o que fizeram de meu ano nos Estados Unidos o melhor ano da minha vida até hoje. Minha família hospedeira, assim como muitas famílias nossas amigas na Pensilvânia, praticamente viviam pelas Filhas de Jó.
Durante todo o tempo que estive lá, me senti completamente acolhida e em família, conquistando uma confiança e intimidade imensurável com todos os meus tios e tias e minhas irmãs. Retornei ao Brasil em junho de 2012 com memórias extremamente marcantes, de momentos que sempre sentirei saudades. Fiquei com o sentimento de que todas as filhas de Jó do Brasil e do mundo deveriam ter a oportunidade que tive, realizar este sonho e levar todo o aprendizado e as memórias felizes para a vida inteira. Essa vontade foi o incentivo para criar o Programa de Intercâmbio para Filhas de Jó, um projeto que começo em 2013, para que o sonho de muitas meninas possa se tornar realidade. O projeto ainda está no começo, há muito o que ser feito, mas acredito que com nossa união conseguiremos fazer com que este sonho se torne uma meta alcançada.
Quer saber mais sobre minha história e sobre o projeto? Acesse a página oficial do PIFDJ e também a página no Facebook.
Martina Zardo
Bethel Queren-Hapuc #04 de Blumenau
0 comentários:
Postar um comentário
Com amor de Jó,