O TEMPLO MAÇÔNICO (PARTE 2)

O TEMPLO 

MAÇÔNICO 

(PARTE 2)

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Por Semíramis Dominghetti 

Os primeiros templos não tinham teto... pois o teto era o próprio céu. A exemplo disso, a famosa construção Stonehenge.

Stonehenge é uma construção circular de pedras, situada no condado do Wiltshite, no Sul da Inglaterra. Sua construção é datada por volta de 3.500 anos a.C. e também é conhecida como “Dança dos Gigantes”. Suas pedras chegam a medir 5 metros de altura! Alguns estudos apontam que Stonehenge

indicaria os movimentos celestes, servindo, portanto, de um imenso calendário de pedras.

Stonehenge

Quando os templos passaram a ter teto, o Homem não esqueceu-se do céu... e, para lembrar dele, passou a reproduzi-lo no teto ou nas paredes. Você já entrou em uma igreja que tivesse pinturas ou quadros lembrando o céu?

O teto do templo nos lembra o céu. Na foto o
templo da Loja Roteiro da Amizade 1330

Os maçons, assim como os primitivos, não se reuniam em templos como hoje vemos. Alguns relatos contam que eles se reuniam em tavernas, ao redor de uma mesa, a fim de trocar informações sobre arquitetura, técnicas de construção, geometria... quem os visse, diria que eram apenas amigos conversando. Isso era ótimo, pois eles passavam despercebidos e evitavam confusões. Reuniões também eram feitas nos alojamentos dedicados aos pedreiros. Eram espaços próximos às construções, onde os pedreiros podiam descansar e até mesmo morar enquanto perdurasse a obra.

Apenas depois de 1700 encontramos registros sobre edificações com o intuito de ser um Templo Maçônico. Essas construções tiveram enorme influência de outras Ordens e de diversas culturas pelo mundo, como exemplo a Ordem dos Cavaleiros Templários.

Antes de prosseguirmos, seria apropriado fazermos uma pausa para que conversemos melhor sobre os Templários. 

Os Templários eram cavaleiros que, entre outras atribuições, tinham como dever o de proteger os peregrinos que vinham de vários lugares para visitar o Templo de Salomão. O Templo de Salomão foi uma importantíssima construção da Antiguidade, alvo de diversas invasões e saques.

Representação gráfica do templo de salomão

Os Templários viajavam por muitos lugares e por isso tinham uma rica bagagem cultural. Mas a riqueza dos templários não era só de conhecimento, era de dinheiro também. Não demorou muito para que fossem perseguidos e praticamente, dizimados. Foi aí que os sobreviventes se espalharam pela Europa, sendo abrigados por outras Ordens.

Representação de um Cavaleiro
Templário

Uma dessas Ordens foi a Maçonaria. Inicialmente, só fazia parte da Maçonaria quem realmente exercesse a função de pedreiro: os maçons operativos. Com o tempo, eles passaram a aceitar homens que tivessem outros ofícios: os maçons aceitos. Com a aceitação de Cavaleiros Templários em seu meio, os Maçons puderam aprender com eles e vice-versa. De forma que os Templos Maçônicos bem como seus ritos e Cerimônias possuem grande contribuição dos Maçons Aceitos, tendo em suas representações a forte presença da manifestação da Natureza.

(Continuação: O TEMPLO MAÇÔNICO PARTE 3)