LUDMILA SIQUEIRA MOTA

Ludmila Siqueira, a "Miss Guardiã"

LUDMILA SIQUEIRA MOTA
 Membro de Maioridade e 
Suprema Deputada Assistente para Goias

1 – Inicialmente fale um pouco de você, sua família, escola/faculdade, trabalho e que costuma fazer nos momentos livres;
Sou a filha mais velha de três irmãos. Nasci em Goiânia, porém morei durante infância e parte da adolescência na Cidade de Goiás (antiga capital goiana, terra da Cora Coralina). Mudei para Goiânia aos 15 anos para estudar. Fiz faculdade de Educação Física pela UEG e Fisioterapia pela PUC-GO. Sou professora efetiva na Rede Estadual de Educação desde 2003 e professora efetiva na Rede Municipal de Educação de Goiânia desde 2009, em ambas atuando como professora de Educação Física para crianças de 6 até 14 anos. Cursei pós graduação em Docência Universitária e Educação Física Escolar. AMO meu trabalho, AMO ser professora! Ainda não atuo como fisioterapeuta. Me casei recentemente (este ano) e conheci meu marido graças as Filhas de Jó. Nos momentos “livres” fico em casa descansando, passeio com minha afilhadinha, vou na casa da mamãe ou estou me divertindo com nas Filhas de Jó.

2 – Como foi o seu primeiro contato com a Ordem Internacional das Filhas de Jó

Assim que mudei para Goiânia, com 15 anos, fui morar na casa da minha avó paterna. Na mesma época, freqüentava a Maçonaria na Loja Estrela com minha tia Betinha e meu tio Arpuim. Essas duas pessoas maravilhosas me convidaram para participar do 1º Bethel de Goiânia. Como ninguém aqui, sabia o que era, aceitei por que minhas primas Mayra e Lorena estariam juntas comigo. Devo ressaltar aqui, que tia Betinha, tio Arpuim foram uns dos adultos na comitiva que foi visitar o Bethel de Rondonópolis para conhecerem as Filhas de Jó e a partir do relato deles e de outros integrantes, é que o Bethel # 01 foi fundado.


3 – Você participa de outras organizações, qual, como faz pra conciliar as atividades com família e trabalho?

Enquanto fui membro ativo no Bethel, não participava de outras organizações, por isso, todo o meu tempo (seja ele disponível ou não) eram dedicados as Filhas de Jó. Sempre consegui conciliar trabalho, estudo com minhas atividades no Bethel. Não é fácil! Passei em 2 vestibulares, trabalho, fiz 2 especializações e 4 monografias de conclusão de curso sem me afastar do Bethel. Tinha dias em que me estressava bastante. Mas estar no Bethel me traz uma paz, uma tranqüilidade que nem sei como explicar! Era só lá, trabalhando para as Filhas de Jó que tudo fazia sentido na minha vida!


4 – Quais os cargos/funções que você ocupou dentro da ordem das Filhas de jó? No momento você estar com algum cargo?

Enquanto membro ativo do Bethel # 01 já fui Coral, 2ª mensageira, 4ª mensageira, tesoureira, secretária e dirigente de cerimônias. Assim que me tornei Membro de Maioridade, fui a primeira FDJ a participar do CGB do Bethel # 01. No início era uma auxiliar da tia Guardiã de Épocas e Ritualística. Depois assumi por 3 gestões a Ritualísitca, fui Guardiã Tesoureira, Guardiã Secretária, cada uma 2 gestões e Guardiã do Bethel # 01 por 3 gestões consecutivas. Hoje sou membro do CGB do Bethel # 01 e SDA para Goiás.


5 - Qual o momento mais marcante que a Ordem lhe proporcionou?

Hum difícil!!!! Mas acredito que o mais marcante mesmo, foi em 1998 em uma cerimônia do dia das mães. O Bethel # 01 tinha acabado de ser fundado (fevereiro 1998) e a cerimônia das mães foi a primeira reunião pública das Filhas de Jó em Goiás. Uma reunião preparada e realizada totalmente por nós, ainda cruas, sem saber nada de ritualística. Mas como na Ordem tudo é meio mágico, lembro-me perfeitamente o templo da Loja Marechal Deodoro lotado, afinal, éramos as queridinhas da maçonaria goiana! E no meio disso tudo, minha mãe não estava presente, ela morava em Goiás Velho na época, e não fui pra lá para vê-la. Fiquei na reunião do Bethel. Nesse dia descobri que posso ter quantas mães eu quiser. Que no Bethel posso não ter saído da barriga de todas as tias do CGB, mas sei que todas elas nos amam! Tia Beth e tia Glorinha!!!!


6 - Qual a lição que a Ordem trouxe que lhe possibilitou mais mudanças na vida pessoal?

Lições a gente aprende todo dia! Nesses 14 anos posso resumir em disciplina, paciência e vaidade. Disciplina por que não realizamos nada em nossa vida sem ela, disciplina para se organizar, para realizar qualquer tipo de atividade que você se proponha. Paciência para lidar com todo tipo de pessoa, para conviver com a diversidade de idéias, pensamentos em busca de um mesmo objetivo que é o bem da Ordem. Nas Filhas de Jó não importa quantos cargos você ocupe, mas sim os encargos que você tem. Nunca fui HR ou princesa, isso nunca diminui a minha relação com a Ordem. Ser SDA hoje não muda em nada meu trabalho ou dedicação com as Filhas de Jó.


7 – Quais os projetos ou trabalhos que você realizou na ordem como Deputado Assistente da Suprema?

Assim que aceitei ser DAS para Goiás não tinha um projeto em mente a ser realizado. Era uma coisa totalmente nova para mim e para Goiás, pois nosso antigo DAS era o tio Alexandre “Alcoro” de SP, que nos ajudava de longe. Com o passar do tempo, percebi que Goiás precisa de apoio e conhecimentos sobre a Ordem. Conhecimentos que devem ser transmitidos, mas muito mais que isso, devem ser ESTUDADOS. A tia Gilma, parceira fundamental nesse processo, nos ajudou a divulgar que sem estudar o ritual, a constituição, o estatuto não podemos entender que a Ordem da Filhas de Jó significa e pretende. Começamos o trabalho com seminários de ritualística (prática já realizada no Bethel # 01) até chegarmos a um Congresso Estadual. O Confego, em parte, partiu de uma idéia pequena e se tornou grandioso nas mãos da tia Gilma. Passei a dar mais atenção aos Bethéis do interior, que as vezes ficavam alheios aos novos conhecimentos que adquiríamos a cada dia. Hoje acredito que Goiás já consegui essa rotina em estudar o ritual e a constituição e me preparo para deixar o cargo de SDA com o sentimento de dever cumprido.


8 – Conte-nos um pouco da sua experiência como SDA em sua jurisdição, quais as dificuldades e quais as mudanças que você conseguiu realizar.

Acho que a principal dificuldade era o acesso aos Betheis do interior. Temos Betheis distantes da capital (Itumbiara, Bom Jesus, Catalão, Rio Verde e agora Formosa). Mas minha primeira ação foi estar junto aos Betheis (visitas com despesas pagas com meu salário de professora!!) Sinto que ainda falta muito neste sentido, na questão monetária mesmo, o que dificulta as visitas. No início foi difícil também, os Bethéis entenderem que o cargo de SDA não é de vigiar, de punir, de delatar ao Supremo, por que no início muita gente tinha medo de mim! Hoje vejo que os Bethéis entendem que minha função é auxiliar, ser um ponto de apoio e uma ligação mais direta entre eles e o Supremo.


9 - Quais são as suas perspectivas para a Ordem Internacional das Filhas de Jó no futuro?

Sempre imagino coisas maravilhosas para a Ordem. Acredito que o projeto da tia Gilma nos estudos com ritual musical possam ser valiosos na tentativa de unificação musical. Um passo gigantesco será iniciado este ano com o Congresso Nacional, onde poderemos nos reunir pelo bem da Ordem não mais fechados nas nossas jurisdições. Acredito num desenvolvimento de ações nacionais das Filhas de Jó proporcionando uma maior divulgação e reconhecimento da nossa organização.


10 – Conte-nos um pouco da sua experiência de Filha de Jó participando como Membro de Maioridade e Membro do Conselho Guardião do seu bethel.

No início ser um MM participando do CGB era uma coisa meio estranha, tanto pra mim como para as outras Filhas ativas. Não somos parte do Bethel e não somos parte dos adultos. É imprescindível saber lidar com isso. Ser um membro do CGB, com toda sua responsabilidade, com idade quase igual ao das Filhas. Essa é a parte mais difícil de se lidar. Vejo que o Bethel # 01 está aprendendo bastante com essa transição, pois hoje já temos um CGB quase todo ele formado por MMs. Mas a melhor parte é ser membro do CGB sendo MM: só uma FDJ entende outra FDJ, por idade que a gente possa ter!

Agradeço a oportunidade de responder esta entrevista e parabenizar o Blog pela iniciativa. Agradeço a tia Glorinha e a tia Gilma por todo apoio e dedicação as Filhas de Jó em Goiás. Um abraço carinhoso a todos os Bethéis goianos e um especial ao Bethel # 01 de Goiânia.