O CORAL


Uma jovem recebeu a incumbência e a notícia de que acabara de ser eleita Honorável Rainha. Ela ficou eufórica que quase não se conteve. Disse a si própria: 
- Preciso confeccionar um manto e uma coroa. Roupa nova para fazer jus a minha nova posição na vida!
Ela aproximou da Guardiã e um dos tios do conselho do Bethel e comentou sua intenção.
- Conhecemos um alfaiate e um artesão perfeito para ti! Disseram-lhe a guardiã e o tio.
- É sábio que sabem dar a cada cliente o corte perfeito e a coroa ideal.
Assim, se dirigiu a jovem, primeiramente ao alfaiate, que após ter tirado suas medidas perguntou-lhe:
- Há quando tempo a senhorita foi eleita para o cargo?
Ora, replicou a jovem:
- O que tem a ver com as medidas do meu manto?

- É que uma jovem recém eleita fica tão deslumbrada com o cargo, que mantém a cabeça altiva, ergue o nariz e estufa o peito. Assim, tenho que fazer a parte da frente maior que a de trás. Mais tarde, quando está ocupada com seu trabalho, e os transtornos advindos da experiência, a tornam sensata, tolerante, ela olha adiante para ver o que vem em sua direção e o que precisa ser feito a seguir, aí então costuro o manto de modo que a parte da frente e a de trás tenha o mesmo comprimento. Mais tarde, depois que a rainha está curvada pelo tempo do seu exercício do seu trabalho, sem mencionar a humildade adquirida faço o manto de modo que as costas fiquem mais longas que a frente.

Ouvindo isto, a jovem eleita Honorável agradeceu ao sábio alfaiate dizendo-lhe que não mais seria necessária a confecção, usaria a mesma vestimenta utilizada pelas anteriores, pois estava na medida perfeita. Quanto a coroa da mesma forma, a usaria mais como um símbolo da autoridade do cargo, lembrando-lhe da firmeza que deveria ter em seus atos.

A jovem Honorável Rainha eleita, saiu do alfaiate pensando menos na vestimenta e mais nos motivos que levara o tio do conselho e a guardiã mandá-la procurar exatamente aquele alfaiate. Ao iniciar seu mandato, antes mesmo de sua posse, abraçou a guardiã e o tio do conselho dizendo-lhes bem baixinho:

- Não vejo a hora de terminar meu mandato de Honorável Rainha, assim que cumprido esta tarefa, porei meu robi branco e sentar-me-ei no querido coral, junto minhas queridas irmãs, na certeza e na alegria de que a irmã que vier a substituir-me passará por tão bela experiência e ensinamento que só foi possível, graças ter sido um dia, iniciada no bethel e ter-me sentado no coral.

Anos mais tarde, achou-se um registro de que, foram programadas com todas as Honoráveis Rainhas. Naquela ocasião, foi perguntado qual o lugar mais importante e que elas gostariam, se pudessem ocupar novamente. A respsota foi unânime: O coral.


Texto escrito pelo Tio Luiz Carlos Corrêa

7 comentários:

  1. Que lindo! Estou sem palavras para descrever o que acabei de ler. Eu realmente senti o texto.

    Carla Pereira.

    ResponderExcluir
  2. Achei o texto muito lindo e bem feito, quem o escreveu sabe escrever muito bem. Esta de parabéns.

    ResponderExcluir
  3. Emocionante o texto, muito bem escrito!
    Amei demais!
    *___*

    ResponderExcluir
  4. uaal '-' gente, to boba ate agora com esse texto. Realmente muito bonito,

    ResponderExcluir
  5. Ameii esse texto. Realmente me fez ter orgulho de ser parte do Coral!! *-*

    ResponderExcluir
  6. Ótimo texto para ler para as meninas do Bethel... ameniza o deslumbre de quem se torna HR e aumenta a segurança de quem está no coral.. perfeito

    ResponderExcluir

Com amor de Jó,