MINHA HISTÓRIA NA OIFJ

Desde pequenininha sempre visitei a Loja Maçônica a qual meu Pai frequenta, cresci ali, o templo sempre me foi familiar... Meu Pai é sênior DeMolay e Maçom, então desde sempre ele tentou engajar nossa família nos projetos maçônicos.

Um dia, fui a uma reunião de homenagem, e lá me deparei com varias meninas, todas simpáticas, comunicativas e com uma roupa branca que me chamou muita atenção... Depois de algum tempo notei umas que eram uma mistura entre noivas e princesas (eu achava o manto parecido com a cauda do vestido de noiva)... Depois desse contato visual, só esperei a reunião acabar para questionar meu pai sobre aquelas meninas, o que elas faziam, e se eu poderia ser uma delas... Só foi o inicio de uma grande admiração...

A primeira cerimônia publica da Ordem Internacional das Filhas de Jó a qual assisti, minha prima, Fabiana Rafaela , foi empossada como Honorável Rainha. Mesmo o templo já sendo familiar, tudo ali me era novo... Aquela posse para mim foi incrível, os choros, as risadas, os discursos, a forma de andar, tudo me cativou ainda mais, e a cada momento era ainda mais forte o desejo de fazer parte desse grupo...

Vou confessar uma coisa a vocês, ao chegar da reunião, passei a andar em casa fazendo ângulos retos nas esquinas (perece bobo, né?! Kkkk)... Mas, é que assim, eu já tava treinando para ao iniciar não fazer feio...

Finalmente chegou a minha vez, e em 2003 iniciei, eu tava prestes a completar meus 11 anos, mas como eu parecia ter mais idade, mesmo sendo a caçula não cheguei a ser considerada mascote ( No meu Bethel a menorzinha é cariosamente chamada de mascote). Durante a iniciação quando me perguntaram se eu queria falar alguma coisa, fiquei morrendo de vergonha, mas não podia deixar que um momento tão especial como esse passasse sem eu ao menos falar nada... Então levantei e falei: “ Tou muito feliz e só!”. Até hoje esse “e só” é meu jargão dentro da ordem...

Na minha segunda reunião, fui convidada a assumir o cargo de segunda zeladora, aquele convite pra mim foi significante... Eu tinha acabado de iniciar, mal conhecia a ordem, e logo fui convidada a trabalhar com as meninas que tanto admirava, aquilo foi marcante de mais... E lembro também, que todas as meninas se propuseram a me ensinar o meu trabalho...

O tempo foi passando, e assumi os cargos de 5ª mensageira, Guarda Interna, Tesoureira, depois desses 3 cargos, parece que eu fiquei presa em 4 dos 5 cargos elegíveis, pois passei gestões e mais gestões como Dirigente de Cerimônias, Guia, 2ª Princesa e 1ª Princesa...
A partir de um certo tempo, me senti como se tivesse frequentando o Bethel no automático, não sei se vocês fazem ideia mais ou menos de como é isso, é que eu não sei explicar muito bem... Eu tava me sentindo como se tivesse indo ao Bethel só por ir, só tava ali de corpo presente, sendo apenas um cargo representado, não tava levando minhas idéias ao Bethel, não tava debatendo as coisas, simplesmente tava ali por está. Eu passei a perceber que eu não tava dando o melhor de mim para aquela instituição, e como sempre cobrei bastante de mim, eu não queria continuar lá, se fosse pra permanecer assim... Então entrei em contato com o Conselho Guardião e com a Tia Andreza Sônia em especial, conversamos sobre como eu estava me sentindo, e por fim, decidi pedir uma espécie de licença para passar 6 meses afastada do Bethel.

As vezes, quando tenho oportunidade, prefiro olhar meus problemas de longe, pra ter uma visão melhor, e perceber o erro, ou nesse caso prefiro me afastar, para saber se aquilo ainda faz parte de mim... E como a tia Andreza Sônia me alertou, esse tempo só fez despertar o meu amor pela Ordem, e antes mesmos desses 6 meses acabarem, eu entrei em contato com o Conselho pedindo permissão para voltar... Vocês não têm noção de como eu estava, eu estava louca, desesperada por notícias sobre as filantropias, projetos, reuniões, sobre tudo que dissesse respeito ao meu Bethel, a essa bela Ordem que realmente faz parte da minha existência.

Ao voltar, fui novamente recebida de braços abertos, e passei pelos cargos de Capelã, Honorável Rainha, 4ª Mensageira,Musicista, Secretária, coral e por fim bibliotecária.

Durante a gestão na qual eu fui a Honorável Rainha, participei do I Concurso de Miss Filha de Jó da Jurisdição de Pernambuco, a partir do qual consegui o título. Nessa época (2009/2010) nosso estado contava apenas com o Conselho Guardião Jurisdicional, o qual me deu muito apoio em meu projeto e viagens. Consegui como Miss Filha de Jó visitar 6 Betheis dos 7 que haviam na época. E em todas essas visitas, fui muito bem recebida, conheci diversas irmãs que assim como eu, partilham do mesmo sonho, um sonho deixado por Mãe Mick... Um sonho de lutarmos juntas, por um mundo melhor e pela valorização da moral e dos bons costumes... E que ainda hoje, fortalece a tão sábia benção de Mizpah, a qual valoriza a amizade, mesmo com a distância.

Ao passar a faixa, o Bethel Juriscional de Pernambuco nasceu, e a partir de então, comecei a participar dele também, o qual na primeira gestão fui 3ª mensageira e depois bibliotecária (dois cargos os quais ainda não havia tido a honra de exercer-los).

Sou muito agradecida a Ordem Internacional das Filhas de Jó, pelos sonhos que ela me propocionou realizar. Sou muito feliz por ser da Jurisdição de Pernambuco, e sempre me alegro ao ver o desempenho das irmãs e a união entre os Betheis do meu estado. E em relação ao Bethel nº 03 Caruaru – PE me orgulho todos os dias, sou verdadeiramente apaixonada por meu Bethel, lá é um dos lugares no qual eu sempre aprendo, lá é um lugar que verdadeiramente pode outorgar títulos de PHD em amizade. 

É muito fácil termos amigos para rirem e brincarem com a gente quando tudo está bem; mas é raro sua derrota torna-se a derrota de seus amigos, e todos chorarem com você tentando te aliviar um pouco do sofrimento que é teu. Isso eu descobri com a minha Família 03 Caruaru – PE! Tenho certeza que essa uma lição muito presente em todos os Betheis do mundo.
Bem, em 2012 completei meus 20 anos, atingi a maioridade, me emocionei muito ao perceber que a posse da XXXI gestão, foi antecipada a uma data anterior ao meu aniversário, para me dar a oportunidade de passar mais tempo como ativa... Nesse mesmo ano, eu tive que me mudar da cidade por questão de estudo e minhas IRMÃS, me deram o maior presente de despedida que eu poderia ganhar, meu grau de maioridade. O grau foi verdadeiramente uma surpresa, não esperava por ele... Chorei muito durante a cerimônia, foi um momento muito marcante pra mim, uma vez que eu fui morar em uma cidade que não tem Bethel. A cada palavra proferida durante a cerimônia me passou um filme, lembrei de todos os momentos que minha memória me permitiu... E me emocionei em todos os discursos. Pra mim, aquela reunião não foi só grau, foi a narração das histórias que eu já vivi dentro do templo, que as minhas irmãs fizeram questão de me contar para fixar em minha cabeça, que onde quer que eu esteja, perto ou longe delas, vou sempre fazer parte da Família nº 03 Caruaru – PE.

Amo muito a OIFJ.
Amo muito ao BJPE.
Amo muito ao Bethel nº 03 Caruaru –PE.
Mas principalmente, AMO MUITO AS MINHAS IRMÃS, QUE FAZEM DO BETHEL UM LUGAR PARA LEVAR E IDEALIZAR IDEIAS PARA TRANSFORMAR O MUNDO EM UM LUGAR MELHOR!!!

Paula Bezerra

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Com amor de Jó,