ALEXANDRE OLIVEIRA SPERB

ALEXANDRE OLIVEIRA SPERB

Supremo Deputado Assistente do RS e Past Guardiao Associado do Bethel 07 Novo Hamburgo, RS

1 – Inicialmente fale um pouco de você, sua família, escola/faculdade, trabalho e que costuma fazer nos momentos livres;

Meu nome é Alexandre Oliveira Sperb, sou servidor público do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região; tenho 49 anos, sou casado com a Tia Márcia e tenho duas filhas, Eliza e Aline; sou natural de Santa Maria e, há 19 anos, em função do trabalho, moro em Novo Hamburgo. Minha formação é em Gestão Pública. Sou muito “caseiro”. Gosto de ficar em casa com minha família e receber os amigos. 

 

2 – Como foi o seu primeiro contato com a Ordem Internacional das Filhas de Jó

No ano de 2002 ou 2003, um tio de minha Loja fazia faculdade com uma menina que era FDJ no Bethel 01 Atena, da cidade de Porto Alegre, distante 45 km de Novo Hamburgo e ficou sabendo da existência da Ordem e propôs uma cerimônia de divulgação para os tios de minha região, o que prontamente aceitamos. A cerimônia foi pública e muitos tios e tias assistiram e ficamos maravilhados com o que vimos; claro que depois da sessão veio a tradicional “abordagem” das meninas e minha filha mais velha, a Eliza, na época com 13 ou 14 anos ficou muito interessada e foi iniciada na Ordem. Não tínhamos ainda o Bethel em Novo Hamburgo e quase todos os sábados eu e ela íamos a Porto Alegre participar das Sessões.

3 – Você participa de outras organizações? Se sim, quais? Como faz pra conciliar as atividades com família e trabalho?

Atualmente me dedico à maçonaria e as Filhas de Jó Internacional; faço parte de duas Lojas maçônicas sendo que em uma delas sou o atual Venerável Mestre, além da participação nos Graus Filosóficos, isso faz com que eu tenha em praticamente todas as noites envolvimento com a Ordem Maçônica e aos sábados com as Filhas de Jó. Realmente não é fácil conciliar tudo; isso somente é possível com o apoio de minha esposa e filhas.

4 – Quais os cargos/funções que você ocupou dentro da ordem das Filhas de jó?! No momento você estar com algum cargo?!

Quando comecei a frequentar o Bethel 01 de Porto Alegre, como participava de praticamente todas as reuniões fui convidado para assumir o cargo de Promotor de Relações Fraternais; depois, com a instalação do Bethel 07 Aurora, em Novo Hamburgo, fui Guardião Associado por três gestões consecutivas, depois Guardião Secretário, voltei a GAB e mais duas vezes Guardião Secretário; hoje sou o atual Diretor de Música e SDA para o RS.

5 - Qual o momento mais marcante que a Ordem lhe proporcionou?

É muito difícil escolher um momento marcante, pois uma grande característica das Filhas de Jó como grupo, como família e até mesmo na individualidade é a capacidade de vibração e de realmente mexer com a emoção. Lembro-me da intensa sensação de satisfação no dia da instalação do Bethel 07 Aurora, foi a coroação da construção de um trabalho de tios, tias e meninas que acreditaram e lançaram-se num grande desafio que hoje, juntamente com os outros seis Bethéis do RS, é uma linda realidade. 

Como citei acima, marcante também é participar ou acompanhar as vitórias na vida pessoal e profissional de meninas que tive o privilégio de vivenciar o crescimento dentro do Bethel.

6 - Qual a lição que a Ordem trouxe que lhe possibilitou mais mudanças na vida pessoal?

A lição é perceber que a maioria dos jovens estão abertos a receber, compreender e aplicar na sua vida e na sociedade em que vivem, valores como respeito, amor a pátria, a família a si próprio e as outras pessoas e com este crescimento e aprendizado, serem agentes transformadores da sociedade. Também aprendo que a responsabilidade de transformação não é só dos jovens, mas também de nós, adultos, que tendo o jovem como exemplo encontramos a força motivadora para continuar a investir em nosso desenvolvimento, sempre aprendendo com o potencial de nossas Filhas de Jó.

7 – Quais os projetos ou trabalhos que você realizou na ordem como Deputado Assistente da Suprema?!

Basicamente, a maior atuação é no suporte aos Bethéis no que diz respeito a legislação e ritualística; sempre que posso procuro visitar os Bethéis do estado, conhecendo as FDJs e os membros dos conselhos, estreitando as relações e tornando mais fácil a interação; conhecendo os procedimentos de cada um a fim de que se consiga uma unificação. Tenho um canal sempre aberto as FDJs e aos adultos para conversar sobre qualquer problema que venham a ter, tanto em termos de Bethel quanto individualmente e isso é extremamente facilitado por esta relação mais íntima criada e fortificada nas visitas. Hoje temos um grupo de e-mails em que participam a maioria dos membros dos conselhos dos Bethéis; uma dúvida, uma sugestão ou um comentário é partilhado por todos. Atualmente temos um grupo de trabalho, onde participam past guardiões de todos os Bethéis do estado que estudam a possível criação de um Conselho Guardião Jurisdicional.

8 – Conte-nos um pouco da sua experiência  como SDA em sua jurisdição, quais as dificuldades e quais as mudanças que você conseguiu realizar.

Fui agraciado com a honra de ser SDA há pouco mais de dois anos, cargo que continuo ocupando. A grande dificuldade que vejo é que ainda hoje temos pouco apoio presencial de tios maçons nos trabalhos das FDJs, fazendo com que tenhamos dificuldade de divulgar o trabalho da Ordem e isso acaba se traduzindo na grande quantidade de meninas que perdem a oportunidade de serem iniciadas nesta bela organização. Lentamente temos conseguido alterar este quadro graças ao incansável e abnegado trabalho de tios e tias que se doam para o crescimento da Ordem, mas o quadro poderia ser muito melhor. Com a criação do grupo de discussão entre os conselhos não precisamos esperar os congressos ou encontros para trocar experiências, as boas práticas podem ser partilhadas com maior abrangência e rapidez. Penso que a grande mudança dos últimos anos é esta integração entre os Bethéis, vejo isso de forma muito positiva e como uma grande ferramenta de alinhamento no sentido do crescimento comum.

9 - Quais são as suas perspectivas para a Ordem Internacional das Filhas de Jó no futuro?

Imagino que o futuro da Ordem está em conservar-se em sua essência, idealizada pela mãe Mick há mais de 90 anos. São os preceitos de fraternidade, liderança, da arte de falar em público, autoconfiança, respeito aos pais e a família e amor ao seu país, valores estes preconizados em nosso Ritual, que fazem o diferencial de uma Filha de Jó no seio da sociedade. A nós que vivenciamos o presente cabe a tarefa de propagar estes valores àqueles que nos rodeiam. Tenho uma visão utópica de ver um Bethel em cada cidade deste planeta, sei, obviamente, que isso é impossível, mas me permito sonhar porque sei que ser Filha de Jó faz a diferença na vida de uma menina e que está fará a diferença na vida de alguma outra pessoa. Nos tornando pessoas melhores, podemos fazer um mundo melhor.
Cito um poema de Mário Quintana, o qual gosto muito:
 

“Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!” 



 

Agradeço ao Blog FDJ Brasil pela oportunidade que me concede.
Agradeço a minha família por partilhar comigo este amor com a Ordem.
Agradeço a Ana Paula Maciel pelos ensinamentos e pela coragem em indicar o meu nome para sucedê-la como SDA para o estado do Rio Grande do Sul.
Agradeço aos Bethéis do meu estado pela confiança e apoio que tenho recebido.
Agradeço as Filhas de Jó por fazerem esta caminhada valer a pena.
E, por fim, agradeço ao Pai Celestial pela bênção da vida e da oportunidade da convivência com todas vocês.