ELEIÇÃO E AMIZADE

Imagem: Camilla Soares

Quando temos um trabalho importante a fazer é natural que convidemos nossas melhores amigas a fazerem-no conosco. O mesmo acontece quando vamos escolher uma Filha de Jó para algum cargo da Linha: costumamos escolher aquelas com quem mais temos afinidade. Afinal, as amigas são pessoas que conhecemos, não é mesmo?

O problema é que nem sempre conhecemos nossas amigas tão bem quanto imaginamos. Muitas vezes as amigas não dizem o que pensam para não se magoarem ou fazem críticas de um modo sutil. Quando escolhemos uma amiga para um cargo de liderança no Bethel, nem sempre ela tem capacidade para exercer tal função, e daí gera a dúvida: "Como condenar o trabalho de uma amiga?".

Se convivêssemos apenas com pessoas que nos admiram, ficaríamos acomodadas. As pessoas com as quais não possuímos afinidade nos mantêm alertas aos nossos erros. Sem elas, nossa vaidade cresceria muito! Temos muito a crescer com elas, pois a crítica delas pode ser uma verdade que as amigas, por algum motivo, não querem dizer. Não é porque você não gosta de uma pessoa que ela seja mentirosa e as críticas são termômetros essenciais para o nosso caráter.

Às vezes não escolhemos uma Filha de Jó para Honorável Rainha, por exemplo, só porque não simpatizamos com ela, apesar de possuir todas as qualificações para o cargo. Levamos em conta o emocional, o que não é suficiente para uma gestão ser realizada com sucesso. Na hora de resolver problemas, competência vale muito mais do que sentimentos de amizade. Devemos focalizar o que deve ser feito pelo Bethel e escolher a Filha de Jó mais capacitada, seja ela ou não, a que mais amamos.

Trabalhar somente com amigas pode confundir os limites e as distâncias que o trabalho dentro de um Bethel exige. Mas, se compreendermos a responsabilidade de nossas escolhas em uma Eleição, uma amiga é muito eficiente sim, se competente. Temos que guardar as amigas para a amizade e para o trabalho devemos preferir as capazes e competentes, reconhecendo que cada uma tem sua opinião e que o resultado final, ou seja, o crescimento do Bethel, é de interesse de todas: sendo amigas ou não.

Semíramis Dominghetti