Texto escrito por Ludmila Canabrava
Nunca imaginaria que tanto me identificaria com uma Ordem Paramaçônica. Admirada com a história e fé inabalável de Jó e com a participação maçônica na formação e desenvolvimento das sociedades, acoplar esses dois fatos parecia-me um sonho. Apareceu-me, porém, a Ordem Internacional das Filhas de Jó, organização paramaçônica cujo principal objetivo é o aperfeiçoamento do caráter das jovens integrantes com base na história de Jó, contribuindo para a formação de mulheres justas em seus lares e sociedades.
A fundação da ordem, em 1920, nos Estados Unidos da América, traz por trás uma imensa lição de amor por parte de sua fundadora. Admirada com as lições ensinadas por sua mãe, a senhora Ethel resolve expandir os ensinamentos extraídos da história de Jó. Unindo seu talento, dedicação e apoio do marido, a Ordem Internacional das Filhas de Jó é fundada e, desde então, vem se expandindo em todo o mundo. Abraçada pela família maçônica, a Ordem comporta meninas entre 10 e 20 anos de idade com parentesco maçônico. Baseada em dez landmarks, possui como um dos principais denominar o local das reuniões de Bethel, significando local sagrado.
As reuniões desenvolvem-se baseadas na elevação espiritual, por meio de músicas que propiciam a reflexão, além de estimular a reverência a Deus e as Sagradas Escrituras, assim como desenvolve a lealdade à bandeira de seu país, ao cantar-se o hino nacional, e também o amor para com seus pais e familiares.
Ao saber da Ordem e de tudo o que ela apresenta, como o trabalho ritualístico baseado no triângulo, emblemas gregos e uso de vestes que relembram a época de Jó, não possuía mais dúvida de que queria ser uma Filha de Jó. Só de imaginar todo aquele ambiente que pretendia ser modesto e igualitário, para melhor propiciar um momento de reflexão e desenvolvimento espiritual, ficava maravilhada. Minha oratória poder se desenvolver, fazer verdadeiras amigas, irmãs e melhor aprender os ensinamentos de Jó era o que eu mais almejava.
Para colocar essa utopia no plano real, fui procurar o Bethel de minha cidade e, para minha surpresa, não havia Betheis em minha jurisdição. Entretanto, levando sempre em mente que “o futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos”, trilhei meu caminho em direção à fundação. Encontrando meninas maravilhosas com essa mesma vontade, o Bethel foi finalmente instalado, com 19 maravilhosas membros.
Apesar de apenas um semestre desde a instalação, já posso dizer: “meu Bethel, minha casa”. Tudo o que buscava, o aperfeiçoamento de caráter e virtudes, além da amizade verdadeira, faz-se presente em amplitude muito maior que esperava. Estar com minhas irmãs é maravilhoso; é crescer junto e, amo mesmo tempo, se divertir. Após a concretização desse sonho, posso afirmar, sem dúvida alguma, “e em toda a Terra nunca houve mulheres tão justas como as filhas de Jó, e seu pai lhe deu a herança entre seus irmãos”.
Que orgulho da minha Honorável Rainha.
ResponderExcluirEmerson Macedo
Guardião Associado do Bethel #01 de Brasília