Conselho de Amiga - Dumbo



“Aquelas coisas que levaram você para baixo, ainda levarão você para cima”


A animação de hoje é pra buscar bem lá no fundo da memória.

Dumbo (1941) é o quarto longa-metragem da Walt Disney Animation e apesar de ser um filme da era de ouro da Disney, ele fica um pouquinho esquecido, eu mesma assisti Dumbo poucas vezes, eu tinha muito medo, lógica de criança é uma coisa muito doida, normalmente as crianças tinham medo da morte do Mufasa, da mãe do Bambi, do Frollo do Corcunda de Notre Dame,eu  assistia tudo isso de boa, chorava, ficava triste mas assistia 10,20 vezes mas a Bia tinha medo do que? Isso mesmo, do pessoal montando o circo no filme do Dumbo, vai entender! Hahahahaha Mas vamos falar da história...

O enredo segue a aventura do elefantinho de circo rejeitado, que é constantemente caçoado por causa de suas orelhas gigantes, ao lado de seu amigo Timothy, um adorável rato, Dumbo percorre uma linda jornada em busca de amor-próprio.

Com isso a gente pode aprender que estarmos cercados das pessoas certas pode fazer a diferença, o Dumbo nasceu com uma condição única e desde o primeiro dia no circo foi menosprezado pelas pessoas que não aceitavam o que fazia dele diferente. No entanto a sua mãe e o seu amigo viram potencial nele, mesmo ele sendo diferente e sempre o incentivaram a usar essa particularidade a seu favor, fizeram com que ele acreditasse que ele era especial, que ele era capaz e por fim ele ganha confiança em si próprio. Dumbo no começo acreditava que ele só era capaz de voar se tivesse a ajuda da pena mágica, até que ele perdeu a pena e se deu conta que ele não precisava disso, que ele era capaz sozinho.

Você já pensou em ser essa pessoa para a sua irmã? Aquela que vai fazer com que ela acredite que ela é capaz de qualquer coisa mesmo que ela tenha limitações, mesmo que ela seja diferente? Que tipo de amiga você é para a sua irmã? Você já parou para reparar se as pessoas que estão a sua volta podem estar passando por um problema? E que esse problema pode não ser orelhas gigantes mas ainda assim as fazem chorar? Você já perguntou hoje para sua amiga se ela está bem? Se ela precisa de ajuda com algum problema?

Vou contar uma história minha...

 Eu tinha muita vergonha de falar em público, eu ouvi muito que eu não podia assumir cargo por isso, que eu não servia para determinada função por causa disso, que eu tava perdida, que não tinha jeito, que eu até falava bem, mas não me expressava direito e ainda sim fui eleita honorável rainha, no dia da minha posse eu passei mal de vergonha, passei mal mesmo, de ter que atrasar a reunião porque eu não conseguia sair do banheiro e a Barbara chegou pra mim com a água da luz violeta que ajudava a acalmar os nervos, ela conversou comigo, tomei a água, fui pra reunião, fiz meu discurso e no final da noite ela me contou que era água com uma gota do corante roxo dos docinhos e depois disso eu vi que conseguia falar numa boa e nunca mais precisei tomar água de luz violeta.  

E a outra lição que podemos aprender é de que é normal ser diferente, toda pessoa tem uma característica que a difere das outras, no caso do Dumbo ele foi humilhado varias vezes pelo tamanho das suas orelhas e ele ficava extremamente para baixo por causa disso, até que ele descobriu que esse diferencial dele literalmente o fez voar, então as orelhas que fizeram com que ele se sentisse mal foi o que permitiu que ele conseguisse encontrar a mãe no final do filme.

Ninguém é perfeito, ninguém é bom em tudo, todo mundo tem dificuldades, limitações, todo mundo é diferente e a gente precisa falar sobre isso, precisamos primeiro aceitar as nossas diferenças e nos tornarmos pessoas que aceitam as diferenças dos outros e mais ainda, que ajudem as outras pessoas com isso.

Lembra que eu contei que eu tinha dificuldade de falar em público? Eu entendi que eu tinha essa limitação, aprendi que as pessoas teriam que me aceitar assim, eu SOU assim, eu tive pessoas extraordinárias no bethel que me aceitaram assim e me ajudaram com isso e hoje eu trabalho no RH de uma empresa, eu sou Diretora de Gestão de Pessoas em um projeto na faculdade e o que eu mais faço da vida é falar em público (hahaha) é palestra, é treinamento, é dinâmica, uma infinidade de coisas. Agora vê se pode, algo que me fazia tão mal a muito tempo atrás, a ponto de me fazer passar mal, hoje é o diferencial que eu tenho no meu trabalho, na minha vida, no meu bethel.  

Assim como tem essa minha história, existem várias outras, por diversos outros motivos.

Todo mundo é diferente, as pessoas são diferentes uma das outras, algumas disfarçam, fingem que são “normais”, iguais aos outros, as vezes as pessoas fingem ser o que não são por vergonha de ser quem são de verdade, por isso eu te peço, seja quem você é porque esse pode ser o diferencial da sua vida.



Se você acha que tem algo de errado com você e você não consegue lidar com isso, procure uma irmã, procure seus pais, converse sobre, peça ajuda, escreve pra gente no Cartas pra Jemima, também estamos aqui pra te ouvir, fale, converse, trabalhe isso e nunca se esqueça o que te faz mal hoje, pode te fazer voar amanhã.

Bia Nunes.

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Com amor de Jó,