O TEMPLO MAÇÔNICO
(PARTE 4)
Você já deve ter ouvido falar em “Rito Maçônico” e esse termo pode ser facilmente confundido com “Ritual Maçônico”. “Ritual” são as regras e as normas estabelecidas para a liturgia (celebração) de Cerimônias não só Maçônicas como também religiosas. Os Rituais sempre estiveram presentes em diversas culturas, sendo inicialmente transmitidos oralmente e posteriormente, por escrito.
Na Maçonaria, “Rito” é o conjunto de regras e preceitos com os quais se praticam as Cerimônias se comunicam os sinais, toques, palavras e todas as instruções "secretas" necessárias para o bom desempenho das atividades da Loja. Os templos Maçônicos variam conforme o Rito, não só com relação a decoração ou disposição dos objetos como na edificação em si, possuindo variações nas medidas e proporções.
Oriente onde se posiciona o Venerável Mestre |
Porém, a essência da simbologia permanece a mesma... visto que todos os Ritos têm um único propósito: o progresso do ser, por meio do autoconhecimento, utilizando da grandeza da Natureza como referência. Todos os Templos Maçônicos, independente do Rito, possuem algo em comum: a orientação Ocidente-Oriente. Entramos pelo lado Ocidente e no extremo Oriente, posiciona-se o presidente da Loja, ou seja, o Venerável Mestre.
Em um Bethel, seria onde se sentam a Honorável Rainha e as Princesas. O local onde se posiciona o Venerável Mestre também é referido como “Trono de Salomão” ou “Trono do Venerável”. O 1º Vigilante se posiciona no Ocidente e o 2º Vigilante se posiciona ao Sul.
As primeiras Escolas de Mistérios surgiram no Oriente, principalmente no Egito. Por isso, o Oriente é sempre retratado como local de destaque e fonte de sabedoria. É também de onde o Sol, fonte de luz e vida, nasce. Os peregrinos caminham do Ocidente ao Oriente em busca de sabedoria e iluminação.
Pontos Cardeais |
Além da orientação Ocidente-Oriente, utiliza-se também os pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste). Vale observar que, para quem reside no Hemisfério Norte, o apogeu se dá ao Sul. Porém, para nós que vivemos no Hemisfério Sul, o Apogeu se dá ao Norte. Contudo, a Maçonaria do Hemisfério Sul manteve o costume da Maçonaria do Hemisfério Norte, já que veio dela a tradição herdada.
Assim que chegamos a um templo Maçônico, nos deparamos com duas colunas, com as letras J e B. Há quem diga que essas letras signifiquem “Jachin (Ele firmará) Boaz (Nele está a força)”, uma referência de que os que ali entram pretendem estabelecer um acordo com Deus e que Ele solidificará essa aliança. Elas também podem ser consideradas símbolo dos limites do mundo criado, da vida e da morte, do elemento masculino e do elemento feminino, do ativo e do passivo.
Ao solo, percebemos que no chão está desenhado um xadrez, ou seja, o chão é formado por quadrados negros e brancos, lado a lado, intercalados. Sabe-se que o preto e o branco, quando juntos, representam os opostos, o bem e o mal, a noite e o dia, espírito e corpo, luz e trevas, etc. Esse quadriculado colocado ao chão, pode nos fazer pensar que devemos caminhar entre os opostos, pois nem mesmo nossos passos serão guiados sempre pela luz ou sempre pela sombra. A dualidade faz parte da existência humana e devemos caminhar “acima” dela.
Em volta do templo percebemos a existência de uma corda com 81 nós. Vimos anteriormente que corda com nós simboliza fraternidade. Podemos concluir que essa corda ao redor do templo simboliza os Maçons daquela Loja, que unidos, assim como a corda, dão “forma” àquela Loja. O número 81 é feito da junção do número 8 (infinito) e do número 1 (unidade). 81 é múltiplo do número 9, que para a Maçonaria é o número da perfeição.
Doze colunas circundam o templo, representando os 12 signos zodiacais, em sentido horário, a partir do canto noroeste: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes. Dentre os diversos significados atribuídos aos signos do zodíaco está o da própria evolução do espírito humano, passando por diversas estações. Doze é o número de meses do ano e o número de apóstolos de Jesus.
CONTINUAÇÃO: O TEMPLO MAÇÔNICO 5
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Com amor de Jó,