Vinte
anos depois da Eco 92, o Rio de Janeiro está sediando novamente o maior evento
da Organização das Nações Unidas para discutir sobre o desenvolvimento sustentável
e hoje chega ao fim a maratona de dez dias de discussões.
O que se conclui é que os Presidentes, Ministros e
Líderes Mundiais não vinheram até o Brasil com o intuito
de se comprementerem com ações reais. Justo quando aparece a
oportunidade ideal para discutir as soluções para resolver os problemas da
terra e de seus habitantes, os nossos governantes se reúnem a portas fechadas para
elaborar um texto que avança pouco na agenda do desenvolvimento sustentável e arremessa
para o futuro as decisões mais difíceis. Não queremos debater apenas o que já
foi feito em 20 anos e sim o que podemos fazer daqui para frente. Nós estamos em
maus lençóis se depender da iniciativa dos países.
O mundo ta cheio de inquietações com
jovens exclamando por empregos, melhores condições de vida e, entretanto as
promessas são as mesmas. Nós não precisamos de idéias novas e sim ação. Os
governos têm que responder para as nossas crianças o que o mundo vai lhes oferecer.
Vamos discutir, mas que dessa discussão possa se construído algo real e não
apenas suposições e possibilidades a serem realizadas no futuro. Vamos deixar clara
a hipocrisia do chamado "primeiro mundo",
é evidente que os países não querem assumir compromissos mais fortes para
a proteção do meio ambiente, todos estão focados na crise mundial.
Foi feito um documento que não tem
metas, não tem datas, e que não tem nem um significado real na vida das pessoas.
Podemos observar uma maior conscientização da sociedade civil, demonstrando uma
maior consciência em relação ao meio ambiente e isso é um alento para um futuro
próximo, mais isso não substitui a ação necessária dos governos para a urgência
do momento que estamos passando. Cada pequeno passo é bem vindo, mas não tira a
responsabilidade dos governos. Devemos cobrar uma postura mais eficaz e
concreta dos governantes quanto ao assunto que diz respeito ao planeta Terra.
Enfim, a Rio+20 não vai promover resultados
práticos para a sociedade e voltaremos a discutir, novamente, no futuro esse
assunto, adiando mais uma vez o inadiável.
Por: Mhabell Lima Costa
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Com amor de Jó,